Medida terá variação de país para país, de acordo com a legislação e contexto locais
Em tempos de fake news, empresas importantes com influência na internet como o Facebook, o Twitter e o Google têm feito cada vez mais esforços para evitar desinformação em suas plataformas. O Facebook foi um dos primeiros a abraçar a causa – até mesmo por uma questão de necessidade, já que a rede social ficou com uma má imagem após os escândalos da Cambridge Analytica.
Dessa vez, porém, a novidade parte do Google. De acordo com o The Washington Post, a companhia está reformulando sua plataforma de anúncios e não permitirá que nenhum tratamento médico sem eficiência comprovada tenha propagandas impulsionadas nas plataformas de anúncio da empresa. A mudança está nas políticas de aprovação de anúncios, que detectará qual modelo de tratamento médico está oferecendo e barrará o impulsionamento dependendo de qual for.
A mudança foi feita em resposta como resposta às reivindicações feitas pela comunidade online, já que clínicas de células-tronco estavam divulgando tratamentos não aprovados por meio da plataforma. Os tratamentos incluíam os mais variados casos, desde dores nas articulações até tratamento para Alzheimer.
Como pontua o Engadget, a mudança inclui uma lista de substâncias que não podem ser incluídas nos anúncios, como como gonadotrofina coriônica humana (hCG), utilizada para controle de peso. Suplementações à base de ervas também foram proibidas. Vale ressaltar que as mudanças variam de país para país, de acordo com sua regulamentação em cada local.
A preocupação é não só com a divulgação de possíveis tratamentos enganosos, mas mais com a possibilidade de se espalhar tratamentos que, mesmo que bem intencionados, possam ser ineficazes e prejudiquem os que fizerem uso deles. Caso um tratamento barrado seja, futuramente, aprovado pelos órgãos médicos locais, o Google aprovará que a promoção desses tratamentos seja feita em suas plataformas.
Fonte: B9